Eletrococleografia: novas aplicações

A eletrococleografia é um procedimento considerado muito importante no diagnóstico da hidropsia endolinfática, por ser não invasiva e de fácil mensuração. O exame registra os três potenciais mecano elétricos da cóclea. O microfonismo coclear é o primeiro passo para o impulso neural e reflete a soma dos potenciais intracelulares gerados nas células ciliadas da porção mais basal da cóclea durante sua despolarização.

A geração do potencial de somação gera controvérsias. Vários autores, como Hall, em 2007, e Durrant, Ding e Salvi, em 1998, acreditam que as células ciliadas internas têm papel primordial na geração do SP. Alguns autores, como Burkand et al, acreditam que o mesmo é gerado tanto pelas células ciliadas internas quanto externas. O potencial de ação é a soma da sincronia dos PA neurais individuais do nervo coclear.

Com o advento do implante coclear e com a crescente preocupação na preservação dos limiares auditivos pós-cirurgia, a eletrococleografia começou a ser utilizada durante e após a cirurgia de implante coclear principalmente com o objetivo de monitorar e ainda compreender melhor as mudanças da função coclear provocadas pela cirurgia.
As pesquisas mais recentes tem demonstrado que o procedimento permite a detecção de alterações eletrofisiológicas na cóclea durante a cirurgia, sendo que a diminuição dos registros tem forte correlação com a piora dos limiares auditivas no pós cirúrgico. Éumaferramentapromissoraparaavaliarobjetivasmudançasnafunçãococlearemreceptores de implante coclear e permitir uma visão mais aprofundada dos mecanismos subjacentes à perda da audição residual, podendo ser útil no monitoramento do trauma operatório.

Referências Bibliográficas

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