Reflexo Estapediano

Reflexo Estapediano: O músculo estapedio está localizado na orelha média e tem como função a proteção da cóclea na presença de estimulo acústico intenso, por meio do enrijecimento da cadeia ossicular, durante a sua contração.

É esperado em indivíduos com audição normal, desde que haja integridade e bom funcionamento tímpano-ossicular. No entanto, observa-se sua ausência em cerca de 25% a 30% em orelhas integras.

A contração do reflexo estapediano é considerada parte importante na composição do diagnóstico audiológico, já que “possibilita” a investigação do sistema aferente (sensorial) e do sistema eferente (motor) do arco reflexo estapediano, além do sistema tímpano ossicular (Carvallo & Albernaz, 1997).

Com base no conhecimento das vias que compõe o arco reflexo estapediano, compreende-se a importância dos testes para verificação das estruturas que compõe o trajeto e o que a presença ou ausência de respostas podem indicar.

Por meio da via ipsilateral “o estimulo é transmitido pelo nervo auditivo ao núcleo coclear ventral, seguindo em direção ao complexo olivar superior e vias ipsilaterais em direção à região do núcleo motor do nervo facial para fazer as sinapses com os neurônios motores do músculo estapedio”.
No reflexo contralateral, a partir do estímulo do complexo olivar superior, o impulso segue para o núcleo motor do nervo facial CONTRALATERAL, para fazer as sinapses com o neurônio motor do músculo estapedio contralateral. Tanto a via ipsi quanto a contralateral são acionadas por estímulo uni ou bilateral, simultaneamente.

O limiar do reflexo é a menor intensidade capaz de desencadear a contração muscular – geralmente, entre 70 e 100 dB em normo-ouvintes.

O Estudo do reflexo estapediano tem sido usado para avaliações relacionadas a

• Predição de limiares auditivos
• Topodiagnóstico de paralisia facial
• Tone Decay Teste
• Dessincronia/Neuropatia auditiva
• Processamento auditivo central
• Recrutamento objetivo de Metz
• Limiar de reflexo estapediano evocado eletricamente ( ESRT)

Pode-se ainda analisar variações na latência e amplitude do reflexo (Musiek et al, 2001   ).

Para saber mais:

https://www.scielo.br/pdf/rsbf/v13n1/03.pdf – limiar e latência do reflexo

https://www.redalyc.org/pdf/1693/169331137010.pdf  – dpac

https://www.scielo.br/pdf/anp/v43n3/06.pdf – pf

Fga Debora Gobbo
CRFª 5-76502